segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Traficante de Itaparica é assassinado

Daniela Pereira

Apontado como autor de vários homicídios na região da Ilha de Itaparica, um dos traficantes mais procurados pela polícia, Pedro Mário, foi executado com seis tiros na madrugada de ontem. O crime ocorreu na Rua da Rodagem, no bairro de Marcelino, área de maior concentração no comércio de drogas, em Bom Despacho, Itaparica.
A vítima era considerada por policiais um dos líderes do tráfico de drogas em toda a região e já possuía um mandado de prisão preventiva solicitado pelo delegado Magalhães. O corpo foi encontrado com várias perfurações deflagradas por armas de fogo.
De acordo com um policial da delegacia local, a vítima possuiria envolvimento com a morte do policial civil, Mário Sérgio Moreira, 37 anos, executado durante um culto evangélico. “Já procurávamos por ele há algum tempo. Não sabemos que tipo de ligação ele teve com a morte do civil, mas ele era conhecido na região pelo tráfico e por matar policiais, tanto aqui na Ilha como em Salvador”, afirmou o agente.
Uma das ilhas mais procuradas por turistas para passeios, Itaparica vem se transformando em palco de violência e refúgio para foragidos de Salvador. “Se eu tivesse condições, ia embora deste lugar. Aqui está virando refúgio de assassinos e traficantes, não sei onde vamos parar desse jeito. Se não cumprimos as ordens dos bandidos nós morremos”, denunciou um morador que preferiu não se identificar.
“Ele era muito temido por todos aqui, até as crianças tinham medo. Ele só andava de grupo e ameaçava todos que o enfrentava”, relatou um morador de Itaparica, que preferiu não se identificar. Segundo ele, até a polícia teme fazer ronda e abordagens em certos lugares, principalmente no local onde Pedro foi assassinado. “A partir das 20 horas nem a polícia entra aqui. Desse jeito estamos à mercê da violência e da bandidagem. Somos governados pelos traficantes da Ilha”, relatou o aposentado.
A polícia ainda não tem pistas da autoria do assassinato de Pedro Magro, mas desconfia que a motivação foi cobrança de dívidas de drogas ou disputa por lideranças de bocas de fumo. “Ele era um traficante poderoso daqui da região. É possível que a morte dele tenha sido provocada por outro traficante menor”, relatou um policial.

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