segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Deficiente físico é assassinado no Calabetão


Daniela Pereira
Fotógrafo: Vaner Casaes

A execução de um deficiente físico gerou revolta e protesto de moradores da Rua Direita do Calabetão, no final da manhã de ontem, José Nilton Cerqueira Souza, 36 anos, foi assassinado por um elemento de identidade ignorada com quatro tiros, sendo três na região da cabeça. A vítima apresentava problemas no joelho esquerdo e caminhava com ajuda de muletas. Uma viatura da 10ª delegacia passava próximo ao local, na hora do crime, e perseguiu o assassino, mas ele conseguiu fugir.
De acordo com testemunhas, os autores do crime chegaram em um Fiat branco e estacionaram em uma transversal, cerca de 100 metros do local do crime. “O carro parou, o motorista ficou dentro do veículo e o carona desceu. De repente, só ouvi os disparos, quando olhei, o homem veio andando tranquilamente com a arma na mão e entrou no veículo”, contou um comerciante do bairro. Segundo ele, José era uma pessoa correta e foi executado por engano. “Eles atiraram primeiro pelas costas, tenho certeza que mataram a pessoa errada”, completou.
Desesperados, familiares protestaram ao lado do corpo do deficiente. “Ele era uma pessoa honesta e trabalhadora, não deveria ter morrido dessa forma. Enquanto os bandidos estão vivos, os pais e famílias estão morrendo”, protestou um irmão da vítima. Segundo relatos de moradores, José, mais conhecido no bairro como “Zé”, era exemplo de honestidade. “Ele foi nascido e criado aqui, todos o conhecia, era muito tranquilo e não tinha problemas com ninguém. Gostava de jogar dominó todos os dias nesse mesmo local. Só saía de casa para ir ao médico, na semana que vem ele ia fazer uma nova cirurgia no joelho. Não tem motivos para alguém querer matá-lo”, relatou uma moradora.
Segundo os peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT), as perfurações no corpo revelam que a vítima foi atingida pelas costas. “Todas a perfurações estão de um lado só do corpo, o que comprova que a vítima foi atingida de costas”, garantiu o perito. José deixou mulher e duas filhas, uma delas é menor de idade.

Um comentário:

  1. ISSO É UMA BARBARIDADE,A GENTE NÃO PODE VIVER MAIS ASSIM NESSA VIOLÊNCIA QUE PAREÇE QUE NÃO TEM FIM. AS PESSOAS ESTÃO MORRENDO A TROCO DE NADA. CHEGA!!!!

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