sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Polícia revela laudo da médica assassinada

Daniela Pereira

Após várias especulações a respeito do assassinato da médica Rita de Cássia Tavares Giacon Martinez, 39 anos, ocorrido no último dia 6, dois dos principais laudos emitidos pelo Departamento de Polícia Técnica, foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). Foi descartada a consumação do estupro da vítima. O documento ainda aponta que o autor do crime teve intenção de matar a pediatra e consumou o assassinato com requintes de crueldade. O acusado, o presidiário, Gilvan Cléucio de Assis, 35 anos, permanece preso, no entanto, teria tentado violentar a vítima sexualmente. Como definem as conclusões finais do documento, antes de morrer, Rita de Cássia foi intensamente agredida com socos na região do rosto e pescoço. Os indícios apontam que houve tentativa de estrangular a vítima com o próprio colar que ela usava. “Ele agiu com perversidade e pelas conclusões finais, ele queria ter certeza de que ela estava morta. Além de enforcá-la com um colar feito de pedras e nylon, ele tentou consumar um estupro, mas como houve reação, passou o carro por cima dela com movimentos para frente e para trás”, relatou Joselito Bispo, delegado geral da Polícia Civil.
Gilvan alegou que a vítima foi atropelada porque se jogou na frente do veículo. No entanto, Bispo ressalta que não foi possível identificar quantas vezes o carro fez movimentos de ida e volta sobre o corpo da pediatra, mas que, o fato ocorreu por uma fúria do acusado, posto que Rita de Cássia teria resistido à consumação do ato sexual. “Para um maníaco, psicopata é uma ofensa a recusa por parte da vítima, da consumação do estupro. Acreditamos que essa foi a motivação dele ter passado várias vezes por cima do corpo”, afirmou o delegado. O acusado confessou todo o crime, mas nega a possibilidade de estupro. “Apesar de ter sido encontrada com o vestido levantado à altura do peito e uma das peças íntimas abaixada, não houve a consumação do estupro, só a tentativa”, completou Andréa Barbosa Ribeiro baseada na conclusão do laudo do DPT. Segundo ela, o acusado agiu sem uso de armas, aproveitando-se da fragilidade da vítima.
O laudo aponta ainda que, a morte, como já havia sido divulgada, foi motivada por traumatismo craniano e afundamento do tórax, ambos provocados pelo atropelamento. Apesar da análise do DNA de Gilvan com base no material coletado ainda não ter sido concluída, os objetos pessoais da médica não terem sido encontrados, e o seguimento das investigações a respeito das últimas ligações feitas e recebidas pela vítima no dia do crime continuar, Joselito Bispo afirmou que o próximo passo da polícia é a conclusão do inquérito. “Esse exame de DNA é apenas um exame complementar e não altera a materialidade do crime e da autoria”, afirmou Bispo.

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