quarta-feira, 4 de julho de 2012

A dor de familiares no HGE e IML


Tanto na entrada do HGE como no IML o cenário de desespero era o mesmo. A dor de familiares em busca de notícias movimentou os locais. A esposa de Cléber chegou à unidade de saúde amparada pelos parentes. Afirmando ter pressentido o acidente ela ligou para o marido, mas alguém atendeu ao telefone e a informou sobre o acidente.

“Eu entrei em desespero. Fui até o local e fiquei chocada em ver aquela cena. Vários corpos mutilados, meu Deus! Quando soube que meu esposo estava vivo só fiz agradecer a Deus e lamentar pelas mortes.

Cléber disse que nunca usou o cinto de segurança, mas que ontem ele resolveu usar e foi o cinto que salvou a sua vida”, desabafou Lucinéia da Paixão Santos, esposa de Cléber.

Cléber trabalha numa construtora e voltava de Saubara, após visitar parentes. Aos familiares, ele teria afirmado que não se lembrava do acidente, apenas recordou o barulho da colisão e os gritos dos passageiros, projetados para fora do veículo.

Ainda no período da tarde, os parentes continuavam aguardando alta médica dos feridos. Ainda abalado com a tragédia, João Alves dos Santos, tio de Jackson dos Santos, aguardava ansioso por notícias do jovem. “Só sei que ele está na sala de cirurgia, mas nada”, disse.

Posicionada na entrada de emergência da unidade, a mãe de Bartolomeu de Jesus, contou como soube do acidente.

“Estava em casa, quando ouvi dois vizinhos comentando sobre a ‘batida’. Em seguida, ele me contou tudo e disse que meu filho estava bem. Acompanhei tudo pela televisão, mas de qualquer forma levei um susto horrível”, contou afirmando estar aliviada pelo estado do filho, porém continua em oração pelas vítimas fatais.

“Sofri pelo meu e pelos das minhas vizinhas. Todos trabalhavam, praticamente, juntos. É um sofrimento grande”, disse. No IML, a movimentação era semelhante, porém a esperança de boa notícia, já não existia.

“Estamos muito nervosos, em busca de documentação para liberar o corpo. Ficamos sabendo de tudo pelo rádio. É uma tristeza imensa”, afirmou Círio Machado, cunhado de Carlos Maia dos Reis Linhares, 50, morto no local do acidente. A vítima, que só voltava para Saubara nos finais de semana, deixou esposa e dois filhos, menores de idade.

Confira mais na próxima postagem.

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