Fogo destrói restaurante

Daniela Pereira


Um incêndio de grande proporção destruiu completamente o restaurante Coco Bahia, situado na Avenida Professor Magalhães Neto, na Pituba. Segundo relatos da vizinhança, as chamas começaram por volta das 11h30, no lado direito do imóvel. 

Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas para conter o fogo, que pode ter sido provocado por uma bituca de cigarro jogada por clientes, durante a madrugada. Apesar da proporção do acidente, ninguém ficou ferido.

Cerca de duas horas de trabalho foram necessárias para debelar as chamas. A fumaça que tomou conta da região assustou moradores do local. “Fiquei apavorada! O fogo também ficou muito alto e eu tive medo que a temperatura estourasse os vidros dos apartamentos”, disse Claudia Maria Braga, moradora de um prédio, situado atrás do restaurante. 


De acordo com Hildete Ramos, primeira pessoa a avistar o fogo e acionar os bombeiros, as chamas espalharam com muita rapidez. “Quando cheguei da janela do meu apartamento, vi o fogo no canto direito. Chamei meu marido e mostrei. Logo constatamos que se tratava de um incêndio e acionei os bombeiros. Fiquei muito preocupada com os pacientes do hospital”, disse a moradora, referindo-se ao Hospital da Bahia, situado próximo ao restaurante.    


O Coco Bahia foi construído em formato de quiosque, com telhados de palhoças, móveis rústicos de madeira e chão de areia batida. Materiais que facilitam a proliferação do fogo. Ainda atônito com o prejuízo, o proprietário do restaurante não quis falar com a imprensa, mas afirmou que o estabelecimento tinha seguro. Os animais (pássaros e patos) que eram criados no local, não resistiram ao fogo. 


Há seis meses empregada no restaurante, a atendente delivery, Ana Maria Carvalho, contou que saiu do local às 02h40 e quando retornou para trabalhar foi surpreendida pelo ocorrido. “Minha mãe me ligou e disse que estava pegando fogo, mas achei que fosse um incêndio em alguma parte isolada.

Não sabia que tudo tinha sido destruído desse jeito”, afirmou a funcionária, sob choros. Em relação as causas do incêndio, Carvalho levantou suspeitas sobre clientes fumantes. “Todos estão afirmando que foi um cliente que jogou um cigarro próximo as palhas, mas ainda não sabemos direito”, suspeito.

Ainda no turno da tarde, frequentadores chegaram ao local para conferir os estragos. De acordo com populares, a demora do Corpo de Bombeiros em atender a solicitação contribuiu para a perda total. “Liguei várias vezes, mas os bombeiros só chegaram após 40 minutos. A sorte foi que muitos vizinhos ajudaram a combater o fogo, usando hidrantes do próprio local”, contou Hildete Ramos.

Após trabalho do Corpo de Bombeiros, uma perícia deve ser realizada no estabelecimento para comprovar as causas do incêndio. O Coco Bahia – Pizzaria e Tapiocaria faz parte de uma rede cearense com unidades em outras três capitais. A de São Paulo, situada em um bairro nobre da cidade, foi inaugurada há três meses e possui quatro andares, divididos em uma área de dois mil metros quadrados.

Onda de incêndios atinge a cidade

Em menos de dois meses, uma onda de incêndio atingiu estabelecimentos e grandes hospitais da cidade. O primeiro deles ocorreu no dia 6 do mês passado, no Hospital São Rafael. Por volta das 20 horas, as chamas foram vistas por funcionários do local, que acionaram o Corpo de Bombeiros.

De acordo com os brigadistas, três viaturas ajudaram no combate às labaredas. As circunstâncias do incidente ainda são desconhecidas. Em nota, a assessoria de comunicação do hospital informou que o foco das chamas teria tido início no almoxarifado da instituição. Apesar de a fumaça ter se alastrado, o fogo ficou restrito à área.

No último dia 11, foi a vez do Hospital das Clínicas. Por volta das 16 horas, o óleo que estava sendo aquecido para abastecer a caldeira vazou gerando vapor, fogo e uma cortina de fumaça que pôde ser vista à distância. Quarenta minutos depois, a situação foi controlada pelos bombeiros e ninguém ficou ferido.

Cinco dias depois, o Instituto do Cacau, Comércio, também foi vitimado pelo fogo. As chamas atingiram o último andar, onde está localizada uma unidade do SAC. Um carro-pipa foi acionado para ajudar o corpo de bombeiros. O prédio de quatro andares foi rapidamente evacuado e não houve feridos. No último dia 17, um incêndio de pequenas proporções atingiu uma das barracas do Mercado do Peixe.

Por fim, na madrugada de ontem, um curto-circuito provocou tumulto no restaurante  Zen, no Rio Vermelho. "O problema aconteceu por conta de um curto-circuito nos cabos que saem do tranformador, em um poste, próximo do estabelecimento. Na casa estavam mais de 350 pessoas, e no momento os seguranças não conseguiram conter algumas que pessoas que foram embora sem pagar", explicou ao Bocão News o proprietário, Augusto Shumacher. Apesar do susto, não houve danos ao patrimônio, nem feridos.