quinta-feira, 19 de julho de 2012

Ator é preso por pedofilia

Daniela Pereira


Mistérios cercam o caso de um ator baiano, 32 anos, denunciado por crime de pedofilia na internet. Apesar de estar preso desde o dia 26 do mês passado no Presídio de Salvador, na última terça-feira, a denúncia do procurador da República André Luiz Batista Neves, foi ajuizada.

O ator baiano foi flagrado compartilhando as imagens ilícitas em casa, no momento em que a polícia estava cumprindo o mandado de busca e apreensão. O acusado confessou que participava da rede de troca de arquivos pornográficos infantil, chamada Gigatribe. O local da prisão e o nome do ator não foram divulgados já que o caso corre sob segredo de justiça, conforme informou o Ministério Público Federal da Bahia (MPF/BA). 

Há seis meses as investigações foram iniciadas. Morador da capital baiana, o acusado armazenava em pastas de arquivos fotos e vídeos ilícitos. O conteúdo explicitava crianças e adolescentes nuas, vídeos de adultos fazendo sexo com crianças e de menores entre si.

Entre os casos, há suspeita de pais que estupraram filhos, assassinato e até mesmo canibalismo. De acordo com a denúncia, entre 12 de dezembro de 2011 e 24 de fevereiro de 2012, a PF do Rio Grande do Sul identificou na rede 97 usuários estrangeiros e 63 brasileiros.

Destes, pelo menos dois acessavam a gigatribe de Salvador, o que desencadeou o desdobramento da ação, originando o inquérito policial 0668/2012. Através do endereço de IP, em janeiro, o acusado foi flagrado compartilhando arquivos pornográficos, de um computador instalado no quarto da casa. 
 
FLAGRANTE - Munidos de mandados de busca e apreensão, os agentes flagraram o denunciado, que confessou o crime, assim como a participação na rede de troca de arquivos. O MPF pediu condenação do ator, baseada no artigo 241-A e 241-B, do Estatuto da Criança e do Adolescente, combinado com o artigo 71, do Código Penal.
 
Em entrevista ao Terra, o chefe da Delegacia de Defesa Institucional da PF do Rio Grande do Sul, responsável por coordenar a investigação, disse que o material encontrado indicava atos de lesão corporal cometida contra crianças, inclusive com extração de pedaços do corpo.
 
A Polícia Federal da Bahia isentou-se de participação no desdobramento do caso e a PF do Rio Grande do Sul, primeira a iniciar as investigações, não se pronunciou.

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