terça-feira, 6 de setembro de 2011

A sorte dos filhos do pedreiro e do delegado

A morte do filho do delegado titular da 11ª delegacia, Adaílton Adan, chocou a sociedade. A imprensa foi pega de surpresa pelo fato de o delegado ser uma pessoa atuante e de bom relacionamento com jornalistas e colegas de trabalho. Deixo aqui minha solidariedade com Adan e família. Torço para que encontrem força para superar a dor da perda e que os culpados paguem pelo crime.

Em meio ao caos e tristeza, pude observar um paradoxo. Diariamente as mídias divulgam a morosidade policial nas investigações criminais. Prefiro não comentar que três suspeitos da morte de Fernando Adan foram detidos no dia seguinte ao ocorrido, somente pelo fato de a vítima ser filho de um delegado. Mas como não resisto, sinto-me na obrigação de lembrar quantos e quantos jovens tem a vida ceifada pela violência urbana e os crimes permanecem meses, às vezes até anos, sem elucidação?

O que dizer do caso da bancária Ananda, que desapareceu no trajeto do trabalho para casa? E o caso Colombiano? E o caso Neílton? Enfim, são tantas as vítimas que partiram e até hoje familiares não tiveram resposta do que de fato teria ocorrido. Porém, vou terminando por aqui, pois se passar a enumerar esses fatos faltará páginas para digitação e olhos do leitor para me acompanhar.

De qualquer forma, registro novamente que não fui contra a atuação policial a respeito da morte do filho do delegado. Só gostaria que os falecidos filhos de pedreiros, padeiros, mecânicos, desempregados e jornalistas tivessem a mesma atenção.

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